Desde que nascemos, já nos comunicamos com o outro. É o corpo que exprime a primeira linguagem entre a criança e seu mundo. Depois durante o desenvolvimento, a criança começa a perceber que as pessoas que a rodeiam, se comunicam através da fala, e em suas observações vai a cada dia, aumentando seu vocabulário. Inicia com vocalizações, e depois sílabas e palavras, que começam a se tornar frases cheias de significados. A mãe neste momento ou cuidador, tem uma função essencial...a de falar com o bebê, pois necessitamos ouvir alguém falando para aprendermos a falar. Em cada cultura há uma especificidade própria da linguagem. Quando ainda pequenos, nossas células nervosas (neurônios) estão a todo vapor em suas conexões ou sinapses, e por isso quanto mais a mãe fala com seu filho, mais ele irá ouvir, e aprender as palavras que fazem parte da sua cultura e do seu pais de origem. Geralmente, mães e pais que pouco se comunicam verbalmente com seus filhos, terão crianças mais quietas.
Já o mutismo seletivo, é uma forma da criança "escolher" onde e com quem irá se comunicar verbalmente. De provável origem psicológica, ele é comum e confundido em alguns casos, com o autismo. Existem professores que relatam nunca terem ouvido a voz de alguma criança em sala de aula, porém a mesma em casa fala com a família, segundo a mãe. Estabelecer confiança e afeto, é uma forma de se trazer a criança para o mundo adulto. Obrigá-la a falar pode a cada dia, bloquear ainda mais seu comportamento, e dificultar no desenvolvimento da linguagem.
Os bebês já se comunicam com o adulto, e o olhar intenso que ele traça sob uma pessoa, já é um indício de que ele não somente reconhece o adulto, mas tem interesse em se corresponder com ele. Bebês que não interagem, podem ser crianças com dificuldades não somente afetivas, mas cognitivas. Vale a pena sempre observar e estimular com objetos e carícias.